Há música! Há música!
Fabricio C. Boppré |Imagem principal:

Crédito(s): Foto de Esmond Edwards, copiada daqui.
Texto:
Acho que esse mês não vai rolar “Discos do mês”, não por não ter ouvido música — que eu não paro de ouvir, mesmo quando não está tocando música alguma — mas porque estou bastante atarefado e no sábado viajo e fico uns dias fora; quando voltar, acho que não vai mais fazer muito sentido escrever sobre o que eu ouvi no mês anterior à viagem. Ando escutando muito o moço da foto acima, e sinto que o exorcismo está prestes a completar-se. Explico: há um texto meu neste site sobre um disco do Coltrane, mas é um texto pelo qual sinto uma profunda vergonha, foi uma tentativa de falar sobre o A Love Supreme que redundou num desastre completo. Palavroso demais, pretencioso, abominável — essas são as palavras mais doces que consigo imaginar para aquele erro hediondo. Ele ainda está por aí, mas não o procurem, por favor. A temporada de Coltrane, de qualquer modo, está longe de esgotar-se, de maneira que no post sobre os discos de agosto muito provavelmente tentarei me desculpar perante o mundo publicando aqui alguma coisa que faça um pouco mais de sentido e não ofenda os olhos de ninguém (me darei por satisfeito se pelo menos um desses objetivos for alcançado).
Além de Coltrane, um mundo de violinos e pianos anda ocupando minha mente também. Ainda. E essa viagem próxima tem tudo para encher de ainda mais cores e formas e percepções este meu rito de passagem, que vem sendo atravessado segurando na mão de russos e húngaros e de fantasmas de séculos atrás.
Como disse um amigo meu, em meio a uma discussão sobre Deus, religião, ter filhos ou não tê-los, e já não me lembro mais o quê — "eu não quero saber se há deus, há música! Há música!”
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