Heavy metal roundup, Vol. VII
Fabricio C. Boppré |Imagem principal:
Crédito(s): ilustração de autor desconhecido, copiada daqui.
Texto:
Tenho escutado tanto metal que poderia perfeitamente mudar o nome desta coluna para "Daily heavy metal" e publicar um post por dia.
Static Abyss - Labyrinth of Veins
Projeto paralelo de dois membros do Autopsy. Há quem considere este álbum melhor do que alguns do próprio Autopsy, o que talvez não seja exagero dependendo de quais álbuns estejamos falando (definitivamente não dos dois últimos). Morro de amores por este death tingido de doom do Static Abyss e dos últimos do Autopsy. Jawbone Ritual e Contort Until Death, com suas dinâmicas que vão de uma ponta a outra (e vão e voltam, vão e voltam), empacotam exemplarmente tudo que amo nestas bandas, incluindo aí a criatividade inesgotável para intitular as faixas.
Gatecreeper - Dark Superstition
Se passo os olhos em uma recomendação ou resenha de disco e entrevejo no texto os termos "death metal", "Suécia" e "Entombed", eu imediatamente vou atrás do álbum em questão. O player abaixo comprova que minha tática é muito sábia e correta.
Serpent Corpse - Blood Sabbath
Blood Sabbath ganha o jogo logo no primeiro minuto, uma breve introdução cheia de dissonância e mistério. Como muito competente banda de death metal, o Serpent Corpse sabe descer a mão e punir adequadamente nossos ouvidos sequiosos, porém ouça os momentos iniciais de Land of Rot and Misfortune para descobrir que esta banda não é apenas agressão e grosseria. Discaço, e apenas o primeiro deles. (Para quem sente algum tipo de inexplicável atração por death metal mas ainda não reuniu coragem ou autoindulgência suficiente para mergulhar de cabeça no gênero, o death 'n roll da faixa Swallowed Whole by the Abyss pode dar aquele impulso que falta. Se não funcionar, a faixa que fecha o disco e lhe empresa o título, com seu festival de riffs e mudanças, fará o serviço. O álbum inteiro, na verdade, se presta muito bem para isso. Agora você o escuta ou esquece isso tudo de uma vez.)
Coffin Storm - Arcana Rising
O vocal por demais parecido com o do Candlemass, por uns instantes, me alienou e desinteressou (e muito me surpreendi depois quando descobri que o cantor é o Fenriz do Darkthrone), mas isso foi muito rápido. A banda é tão boa, engendra tão bem um bonito misticismo doom (um pouco mais nervoso, à moda Obsessed), que logo passei a concordar com a presença deste álbum na maioria das listas parciais de melhores do ano (metaleiros não se contêm, no meio do ano já começam a publicar suas listinhas). A produção é socada, abafada na precisa medida certa: feche os olhos, aumente o volume e lá está você diante da banda em um porão esfumaçado.
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