Heavy metal roundup, Vol. VI
Fabricio C. Boppré |Imagem principal:
Crédito(s): ilustração do disco Eulogy for the Hangman do Erythrite Throne, autor desconhecido, copiada daqui.
Texto:
Dia desses, enquanto fazia café, pensei num bom nome para uma banda de death metal: Umbilical Asphyxiation. Fui então conferir na enciclopédia do metal se alguém já tinha tido essa ideia antes de mim: é claro que já.
Droid - Terrestrial Mutations
Para quem curte a vibe sci-fi do Voivod e o galope frenético do thrash metal, esse disco é um prato transbordantemente cheio.
Traitor - Knee-Deep In The Dead
Na sequência do revival do death metal old school de alguns anos atrás veio o revival do thrash metal, e, a exemplo daquele, também este eu estou adorando. O revival do death metal, na verdade, me ensinou a gostar de death metal; thrash metal, por outro lado, eu lembro de escutar no começo dos anos 90, quando o gênero exalava ainda algo do vigor de seu primeiro ciclo: eu adorava o Anthrax, tinha diversos álbuns da banda gravados em fita cassete, e escutava também ao Kreator, ao Slayer e ao Testament. Mas nada disso me impede de estar adorando muitas das bandas thrash novas que venho descobrindo em minhas últimas incursões pelo bandcamp. Até porque, se você pegar uma banda como esta Traitor e disser para alguém que não os conhece que esses caras fizeram shows com o Nuclear Assault em 1989, excetuando talvez a pista deixada por algum valor de produção mais moderno, você dificilmente será desacreditado.
Wraith - Undo the Chains
Já faz tempo que Lemmy morreu e foi canonizado, mas para a nossa boa sorte ele deixou milhares de devotos e discípulos espalhados pela Terra. Esses camaradas do Wraith tendem para um estética mais metal, se comparada àquela mais rock ’n’ roll de Lemmy e cia., mas pouco importa: quem sente saudade do bom e velho Mortörhead pode aliviá-la um pouco aqui.
Erythrite Throne - Grimness of the Darklands
Virou moda no mundo do metal as capas que simulam as antigas capinhas das fitas cassetes quando retiradas de suas caixas e abertas, com a lombada e a pequena aba lateral expostas lado a lado, como a deste disco. Eu é que não vou reclamar: adoro-as. (Os CDs que vêm com a parte superior do disco impressa como se fosse um pequeno disco de vinil, aquilo eu acho feio demais.) Mais bonita do que a capa do disco abaixo somente a lista de gêneros que a banda se atribui:
- ambient
- black ambient
- dark ambient
- dark dungeon music
- dark medieval
- dungeon synth
- medieval
- occult
- raw dungeon synth
- vampyric dungeon synth
"Vampyric dungeon synth”, que fofura! Adoro esse tipo de som, mas aqui na minha coleção digital eu categorizo estes discos simplesmente como “metal”, pois é a mesma atmosfera fantasiosa, a mesma mentalidade infantilizada do metal. Ouço dungeon synth quando estou com vontade de escutar metal, é perfeitamente intercambiável: posso ir desse disco aí de baixo para o Morbid Angel e depois ouvir algo do Mortiis e terminar a noite com o Iron Maiden. Então, para simplificar, para mim é metal. Mas que "dark dungeon music” soa melifluamente bem, ah, isso ninguém pode negar.
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