PIL, Faith No More, Pavement etc no Coachella'2010
Ana D.M. |Imagem principal:
Crédito(s): Jardim de garrafas ($2-4 cada) no final do dia do PIL/Jay Z.
Texto:
O Coachella Festival, no meio do deserto perto de Palm Springs, CA, ficou conhecido por pagar as bandas para ressuscitarem lá, entre elas Iggy e os Stooges e os Pixies. Assim, não fui lá para "abrir minha cabeça e ver coisas novas", como o festival sugeriu quando se negou a vender ingressos para 1 dia. Eu não ia pagar $200, cruzar quatro estados e passar cinco dias em um acampamento sem chance de chuveiro, pra ver o que não conheço.
Foram bons shows. Uma pena que o público estava mais ocupado em chegar na primeira fila para tirar uma foto com o iPhone, tuitar e ir embora, ao invés de curtir o que estava acontecendo. Poderia ter sido muito mais, hã, intenso, mas no fim das contas, são assim os shows nos EUA. O público está cada vez mais passivo. É um saco: ao invés de levantar isqueiros, a galera levanta celulares. Essa é a única vantagem que eu consigo imaginar de não permitir equipamento em show: você tenta guardar as coisas na cabeça.
[Levando tudo em conta, não tirei muitas fotos, porque dá pra baixar tudo no Flickr depois, e de gente que estava com câmeras profissionais. Cúmulo --- dê uma busca pela resenha do Sly Stone na New Yorker. O cara fez a resenha baseado no TWITTER. Ele não foi.]
De qualquer maneira, aí está: todas as bandas de velhos (é) pararam em algum momento para tirar sarro ou reclamar. Ian McCulloch (& the Bunnymen), depois de mandar um Walk on the Wild Side, suspirava --- "you know, usually people sing along to this one. It's by a great songwriter, Lou Reed". Johnny Rotten: "... I'm not starting till you start". Mike Patton foi mais de cara, mas não consegui achar o vídeo [AINDA]: simplesmente parou e começou a encarar o povo com a boca aberta e os olhos esbugalhados por vários minutos. :-D
Até o DEVO, mas de maneira mais discreta: "... looking around at Coachella..." (...) "we're all devol!!".
Acho que os dois melhores foram o King Khan ("now I want you to raise a dollar note... and burn it. Doesn't make any difference here anyway") [uns $100 foram queimados nessa hora]. E o fiasco de um Sly Stone chapado demais para qualquer coisa fora falar do processo contra o empresário [por sinal, não vi o Gorillaz por causa disso. O Sly Stone foi transferido de palco por atraso três vezes até coincidir com o último show do festival. A banda e a equipe, muito profissionais e pacientes considerando tudo].
O Pavement foi relativamente político, mas recheou o show com referências, e finalmente, Sunny Day Real Estate, que foi a única das bandas que vi que não comentou nada. E Raveonettes, que praticamente se desculpou (?!?!!) por ser, erm, diferente do resto (?!?!?!?!?!). Imagino que talvez entre as coisas mais recentes e sem gosto, ou no lado do hip hop, a recepção estivesse melhor.
Então aqui vão alguns links... porque não quero entupir o blog com dezenas de videos embedded.
- Faith No More (Epic)
- PIL (Public Image/Rise)
- Sunny Day Real Estate (2... mas eles abriram com 8 e eu não achei ainda)
- Pavement (Stereo): (compare com este)
- The Specials (Monkey Man, participação especial do yo gabba gabba)
- Echo & the Bunnymen (Lips like Sugar)
- King Khan (Land of the Freaks... e ninguém pra pegar a referência além do desenho)
- Les Claypool (vale pelos comentários)
O festival também contou com LCD soundsystem, Yo La Tengo, Dead Weather, Porcupine Tree, Muse etc (todos devidamente filmados e já encontráveis, mas eu esperaria uns dias até começarem a ripar o que foi filmado lá na frente).
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