2009...
Natalia Vale Asari |Imagem principal:

Crédito(s): Galeria do Guy Garvey's Finest Hour, da BBC 6 Music.
Texto:
Os meus dois discos de cabeceira de 2009 foram lançados em 2008. Como sempre, a latência entre um disco ser lançado e eu ouvi-lo continua grande. É quase como se não houvesse a internet, que nos entrega os discos antes de serem lançados!
Algo mudou em 2009, porém. Interessei-me por bandas que nunca haviam sido minhas favoritas. Outras queridinhas lançaram discos que eu só ouvi como som ambiente. Vamos aos destaques.
Destaques
The Seldom Seen Kid (Live At Abbey Road), do Elbow: Não estou usando de artimanhas para incluir esse disco. Claro, ouvi muito mais a versão de estúdio do The Seldom Seen Kid. Mas o que me abriu os olhos realmente para o Elbow foi um show deles. Então, nada mais justo do que incluir esse ao vivo, com orquestra completa, caprichado e com DVD, nos melhores de 2009.
Veckatimest, do Grizzly Bear: Vale só por Southern Point. Fine for Now também não fica muito atrás.
Splitting the Atom, do Massive Attack: Só agora descobri o quão legal é Massive Attack.
200 Tons of Bad Luck, do Crippled Black Phoenix: Ouvi porque veio com o selo de recomendação dizendo "Olha, tem gente do Mogwai envolvida." Ouvi, enfim, e veio parar nos meus destaques de 2009.
Menção honrosa para coisas que ainda ouço com muita parcimômia: Crack the Skye (Mastodon) e Ephemeral (Pelican).
Grandes esperanças, poucas audições
Alguns dos pontos mornos de 2009, que figurariam em listas minhas passadas:
Wilco (The Album), do Wilco (The Band): Amei o Sky Blue Sky, mas esse só consegui ouvir duas vezes. Acho ótimo que o Jeff Tweedy tenha melhorado das enxaquecas e dos problemas associados, mas não dá para evitar associar a boa fase do Wilco à má saúde de Tweedy.
No One's First, and You're Next, do Modest Mouse: Boa compilação de sobras de estúdio, mas nada mais do que isso.
Beware, do Bonnie Prince Billy: Mais sombrio e menos inspirado do que Lie Down in the Light. Como ele lança uns dois discos por ano, espero que 2010 traga dois representantes melhores.
Yours Truly, the Commuter, do Jason Lytle: Parece Grandaddy, como previsto, só que mais para o lado dos discos derradeiros de pouco brilho.
Menção honrosa para The Eternal (Sonic Youth) e The Century of Self (Trail of Dead), discos de duas das minhas bandas preferidas que mal tocaram aqui.
< 2009
Para terminar em nota positiva, alguns destaques de 2009 lançados em anos anteriores.
Segundo a estatística altamente confiável e científica do Last.FM, duas bandas que não parei de ouvir foram Idlewild e Pinback. Dica: ouça também.
Um disco de 2008 que descobri neste ano foi o Dear Science, do TV on the Radio. Tanto que, nesse natal, comprei o vinil por mais grana do que deveria.
Finalmente, estou descobrindo muita coisa muito antiga e muita coisa muito nova no programa Finest Hour, apresentado pelo Guy Garvey, vocalista do Elbow. Considerando que eu nunca ouvi rádio e tenho dificuldade em começar a ouvir coisas antigas e novas (música lançadas entre 10 e 2 anos atrás é o que normalmente toca na minha vitrola), nesse ano as mudanças foram bruscas e divertidas.
Comentários:
Natália, se você está mal, então em que definição eu me equadro, já que não ouvi nenhum desses? hehe
"Não dá para evitar associar a boa fase do Wilco à má saúde de Tweedy".
Taí uma grande verdade, Natalia. A gente tende a cavocar o (The Album) mas as malditas obras-primas que ele criou nos deixam com aquela vontadezinha de xingá-lo.
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